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Foto do escritorAntonio Jorge Béze

Despertando do Sono Espiritual: Onde Perdemos o Caminho?

Atualizado: 23 de nov.






Hoje, preciso olhar para mim mesmo e perguntar: onde foi que eu me perdi? Eu olho para a igreja como um todo, para cada um de nós, e vejo como temos nos afastado do evangelho puro e verdadeiro que Jesus nos deixou. Vejo como temos trocado a cruz pelo conforto, a santidade pelo entretenimento, e a submissão pelo ego. Eu quero despertar. Quero que todos nós despertemos, porque não há mais tempo para viver uma fé adormecida.

 

1. O Desvio dos Ensinamentos Verdadeiros: Um Evangelho Sem Cruz

 

Tenho visto, em minha vida e na igreja, como temos nos distanciado dos ensinamentos autênticos do evangelho. Muitas vezes, pregamos e buscamos bênçãos, mas esquecemos da obediência. Falamos sobre a vitória, mas evitamos a renúncia. A cruz de Cristo, que deveria ser o centro da nossa fé, muitas vezes foi substituída pela busca de uma vida confortável.

 

Jesus disse: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Mateus 16:24). No entanto, o que eu e você temos feito? Estamos carregando nossa cruz ou apenas buscando facilidades? Precisamos encarar uma verdade dura: o evangelho que Jesus nos deixou é uma mensagem que confronta, que nos chama ao arrependimento e à mudança. Ele não é um convite para o comodismo.

 

Quando olhamos para a Palavra, encontramos uma advertência séria: “Há caminho que parece certo ao homem, mas no final conduz à morte.” (Provérbios 14:12). Esse é o caminho de um evangelho sem cruz, sem obediência e sem transformação. Precisamos voltar à essência, ao evangelho que corta como uma espada: “Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante que qualquer espada de dois gumes…” (Hebreus 4:12).

 

2. A Libertinagem do Pecado e a Misericórdia Barata

 

Quantas vezes já usamos a frase: “As misericórdias do Senhor são eternas e se renovam a cada manhã” como uma desculpa para continuar no pecado? Sim, Deus é misericordioso, mas Sua graça nunca foi licença para vivermos de qualquer jeito. Muitas vezes, temos transformado a graça em libertinagem.

 

Paulo é claro em sua advertência: “Que diremos, então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? De maneira nenhuma! Nós, que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele?” (Romanos 6:1-2). A graça não é apenas um perdão; ela é o poder para vencer o pecado.

 

O que tenho visto, em minha vida e na igreja, é uma tolerância perigosa ao pecado. Desculpas como: “Deus entende” ou “Ele vai me perdoar” são armas que o diabo usa para nos manter presos. Mas Jesus nos chamou para a santidade, não para a acomodação. Ele disse: “Se a sua mão ou o seu pé o fizer tropeçar, corte-o e lance-o fora. É melhor entrar na vida mutilado ou aleijado do que, tendo as duas mãos ou os dois pés, ser lançado no fogo eterno.” (Mateus 18:8).

 

Eu pergunto: quando foi a última vez que você chorou pelos seus pecados? Quando foi a última vez que sentiu um arrependimento genuíno? A Bíblia nos lembra: “Que a tristeza segundo Deus produza arrependimento, levando à salvação…” (2 Coríntios 7:10). Eu quero isso. Quero que esse arrependimento me consuma.

 

3. A Falta de Compromisso com a Cruz: O Medo de Morrer por Cristo

 

Jesus nunca prometeu uma vida fácil, mas sim uma cruz. Ele nos chamou para morrer para nós mesmos, para nossas vontades e até, se necessário, fisicamente por Ele. Mas, sejamos honestos: estamos dispostos? Muitos de nós não queremos nem viver para Cristo, quanto mais morrer por Ele. A verdade é que temos abandonado a cruz.

 

Jesus disse: “Quem ama a sua vida, a perderá; enquanto quem odeia a sua vida neste mundo, a conservará para a vida eterna.” (João 12:25). Ainda assim, muitas vezes vivemos buscando segurança, conforto e estabilidade, ao invés de coragem para seguir o caminho estreito. Somos frágeis em nossa fé. Nos ofendemos por tão pouco, temos vergonha de compartilhar o evangelho e muitas vezes nem conseguimos dedicar tempo para orar ou jejuar.

 

Os primeiros cristãos enfrentaram prisões, açoites e a morte por amor a Cristo. E nós? Temos vergonha até de mencionar o nome de Jesus em público. Ele nos advertiu: “Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na sua glória…” (Lucas 9:26).

 

4. A Falsa Certeza de Salvação: Miseráveis e Hipócritas

 

Talvez o maior engano de todos seja o da falsa certeza de salvação. Cantamos, pregamos e servimos, mas será que realmente pertencemos a Deus? Será que não somos como os fariseus, cheios de aparência, mas vazios por dentro? Jesus nos alertou: “Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mateus 7:21).

 

Paulo nos exorta a nos examinarmos: “Examinem-se para ver se vocês estão na fé; provem a si mesmos. Não percebem que Cristo Jesus está em vocês? A menos que tenham falhado no teste!” (2 Coríntios 13:5). Isso é urgente! Não podemos viver na ilusão de uma fé superficial. Deus não se impressiona com nossas obras externas; Ele busca a verdade no íntimo: “Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás.” (Salmos 51:17).

 

Hoje, quero perguntar a mim mesmo: minha salvação é real? Tenho vivido uma fé genuína ou apenas uma aparência de piedade?

 

Conclusão: Um Chamado ao Despertamento

 

Não há mais tempo para brincar de igreja. Eu preciso acordar. Você precisa acordar. A igreja precisa acordar. O Espírito Santo está nos chamando de volta ao primeiro amor, ao verdadeiro evangelho, à cruz e à santidade. A Palavra de Deus nos diz: “Assim diz o Senhor: ‘Voltem para mim de todo o coração, com jejum, lamento e pranto.’” (Joel 2:12).

 

Que o fogo do Espírito Santo consuma nosso orgulho, nossas desculpas e nosso pecado. Que Ele nos leve ao arrependimento verdadeiro, para que possamos viver e, se necessário, morrer por Cristo.

 

“Conheço as suas obras; você tem fama de estar vivo, mas está morto. Esteja atento! Fortaleça o que resta e que estava para morrer…” (Apocalipse 3:1-2). Que esta seja a nossa oração hoje: “Senhor, restaura o que está morrendo em mim!”

 

Amém.

 

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